Paróquia de Piacatu forma 1ª turma de acólitos da história


Apresentação aconteceu durante missa de investidura dos coroinhas

12/03/2023 09:55 - Atualizado em 22/05/2023 15:58 | Por: Otávio Manhani

Otávio Manhani/Jornal Comunicativo

Lucas, Hugo, Júlia, padre Luiz, Jhonatan, Eliéder, Bruno e Gustavo

A Paróquia São José, de Piacatu, apresentou na noite de ontem (sábado, 11), durante a missa do 3º Domingo da Quaresma, a primeira turma de acólitos da história local. A apresentação aconteceu após a homilia, ocasião em que também foi realizada a investidura de 26 coroinhas, que receberam suas túnicas.

Esta turma de acólitos é formada por sete jovens, sendo seis do sexo masculino e uma do sexo feminino (acólita). Trata-se do primeiro grupo de acólitos a ser formado desde a inauguração da igreja matriz de São José, ocorrido em 15 de dezembro de 1957.

A primeira turma de acólitos da Paróquia São José, de Piacatu, tem como integrantes: Bruno Lopes da Silva, 20 anos; Eliéder Evangelista da Silva, 20 anos; Gustavo Coelho Barbosa, 19 anos; Hugo Henrique Siqueira Rosa, 18 anos; Jhonatan Vieira Mollina, 25 anos; Júlia Maria Menani de Souza, 16 anos; e Lucas Guimarães Navacchio, 14 anos.

DIFERENÇA ENTRE COROINHA E ACÓLITO

Coroinha - seja menino ou menina - é quem ajuda no serviço litúrgico da missa. Já o acólito (ou acólita) é instituído para servir ao altar e auxiliar o sacerdote (padre, bispo) e também o diácono.

Para ser coroinha ou acólito, a pessoa deve ser batizada na Igreja Católica. No caso do acólito, é necessário que o mesmo já tenha recebido a Primeira Eucaristia para ser admitido neste ministério.

SETE ACÓLITOS. COINCIDÊNCIA?

A primeira turma de acólitos da Paróquia São José, de Piacatu, é formada por sete pessoas. Pois bem: o número sete é considerado o número da perfeição divina, pois, no sétimo dia, Deus descansou de todas as suas obras, segundo consta no livro de Gênesis 2,2-3.

Sete são os sacramentos da Igreja Católica (Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Unção dos Enfermos, Ordem, Matrimônio); sete também são os dons do Espírito Santo (Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Conhecimento, Piedade, Temor de Deus).

O número sete aparece no trecho bíblico (Marcos 6,41-44) onde Jesus utilizou cinco pães e dois peixes (total de sete) para alimentar uma multidão de cinco mil pessoas, tendo sobrado 12 cestos com pedaços destes alimentos.

Em outro episódio bíblico (Marcos 8,5-9), Jesus saciou a fome de quatro mil pessoas a partir de apenas sete pães e alguns peixes, sobrando sete cestos repletos de alimentos.

O número sete aparece também na citação bíblica (Mateus 18,21-22) onde Pedro pergunta a Jesus: “Mestre, quantas vezes devo perdoar uma pessoa que me ofende: até sete vezes?”. E Jesus responde a Pedro: “não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete!”

IDADE DE CRISTO

Outra “coincidência” é que, entre a quantidade de coroinhas (26) e acólitos (07) que receberam suas vestimentas durante a missa de ontem, o total é de 33. Segundo a tradição cristã, 33 anos era a idade de Jesus Cristo quando ele morreu e ressuscitou.

DEPOIMENTO

Em depoimento ao Comunicativo, o pároco da Paróquia São José, padre Luiz Henrique dos Santos Carreira, disse que a referida celebração de investidura dos coroinhas e acólitos foi um forte momento pastoral e de evangelização para a comunidade paroquial de Piacatu, tendo em vista a mobilização e o envolvimento da equipe de liturgia e dos familiares das crianças, dos adolescentes e jovens que fazem parte do grupo.

Questionado sobre a questão da simbologia presente nos números 7 e 33, ambos citados nesta reportagem, o padre afirmou que tal situação não foi proposital. “Se tivéssemos pensado em ir ao encontro da simbologia presente nos números 7 e 33, talvez não conseguiríamos alcançar a meta”, mencionou.

Padre Luiz Henrique ressalta que tudo foi por Providência Divina, e não por “coincidência”, pois, segundo ele, “assim acontece com as coisas de Deus, uma vez que o serviço de coroinhas e acólitos é para a maior glória de Deus e para o bem da Igreja. Logo, Deus mesmo preparou o número certo de crianças e jovens para a referida missão”, acrescentou o padre.

O padre finaliza insistindo na abertura para uma maior participação das crianças, adolescentes e jovens no seio da comunidade, “pois estes são, de fato, não só o futuro da Igreja, como também um presente que precisa ser valorizado exatamente nesta fase da vida”.

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