Cetesb investiga mortandade de peixes no Rio Aguapeí


Cetesb encontrou problema em tubulação de usina, multa foi de R$ 38,7 mil

30/04/2013 22:23 - Atualizado em 11/03/2014 22:33 | Por: Otávio Manhani

Divulgação/Reprodução

Peixes mortos foram encontrados ao longo do Rio Aguapeí

Centenas de peixes de várias espécies foram encontradas mortas no rio Aguapeí, também conhecido como Rio Feio, no último dia 24. A Polícia Civil de Santópolis do Aguapeí instaurou inquérito para apurar a morte de peixes em um trecho do rio.

A Polícia Ambiental foi acionada e constatou a mortandade. Foi registrado boletim de ocorrência e colhido amostras da água do rio para análise. A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) também foi acionada e deve emitir um laudo em 30 dias informando se no local há poluição.

O Comunicativo esteve em trecho do rio Aguapeí no dia 26, mais precisamente no bairro rural Vilela, local também conhecido como Balsa Velha, e constatou vários peixes mortos descendo boiando rio abaixo.

Após dois dias de análise do solo nas proximidades do rio Aguapeí, os técnicos da Cetesb identificaram um reparo feito em uma tubulação que atravessa o rio e que pertence a uma usina da região, o que pode ter causado a mortandade de peixes.

De acordo com a Cetesb, o serviço está a 60 metros da ponte que liga os municípios de Queiroz e Luiziânia e havia indícios de vazamento de afluentes líquidos da usina que podem ter contaminado a água do rio, causando a mortandade. Para conter o vazamento, a usina fez um reparo na tubulação.

Pescadores e moradores da região, ainda estão revoltados com o ocorrido, ajudaram a retirar os peixes mortos do rio. Algumas espécies chegaram a pesar mais de 10 quilos. A quantidade de peixes mortos daria para encher duas carretas, segundo o secretário municipal de Meio Ambiente de Arco-Íris, Osvaldo Soares dos Reis Filho.

Em nota, a Cetesb afirmou que não pode comprovar que os peixes morreram por conta do vazamento, mas a usina foi multada pelo problema na tubulação em R$ 38,7 mil. Ainda de acordo com o órgão, no dia 24, quando os técnicos começaram o trabalho de investigação em campo, a usina negou que tinha problemas com a tubulação.

Em nota, a usina Clealco afirmou que a mortandade de peixes não foi ocasionada por nenhum derramamento de vinhaça ou resíduo de suas unidades produtoras, e que a empresa vem colaborando com a Cetesb na busca da causa e soluções para o problema.