Em Bilac, convenções foram transformadas em palanque


Candidatos e apoiadores não pouparam críticas aos adversários políticos

30/06/2012 16:46 - Atualizado em 15/01/2018 16:52 | Por: Otávio Manhani

Otávio Manhani/Jornal Comunicativo

Chinelo, Hernandes, Ocimar, Sueli e Roquinho durante convenção

As duas convenções que oficializaram o lançamento da candidatura a prefeito e vice em Bilac já serviram como uma prévia de como serão as campanhas e os comícios na cidade. Além da apresentação dos candidatos da coligação, os postulantes ao Executivo local já mandaram alguns recados para a equipe adversária.

O primeiro grupo político a realizar convenção foi o que apoia a candidata à prefeita Sueli Orsatti Saghabi (PTB), que tem como candidato vice-prefeito o vereador Ocimar Antonio Calsavara (PMDB). O evento aconteceu no último dia 22 no clube social e recreativo do município, às 20h30. A coligação é formada pelos partidos: PTB, PMDB, DEM, PV, PSB, PR, PT, PSD e PDT.

Em suas palavras, Sueli, que já foi prefeita da cidade entre 2001 a 2004, disse que em seu governo não haverá perseguições nem humilhações caso seja eleita. “Faremos em 2013 um choque de gestão”, afirmou.

Já o candidato à vice-prefeito avisou: “Toda nossa campanha será voltada para a humildade, com trabalho, ética e dignidade”. Caso seja eleito com Sueli, ele ressaltou que em sua gestão irá oferecer Saúde de qualidade e suprir o déficit habitacional do município. E mandou recado: “Precisamos dar um basta no governo de autopromoção”, referindo-se ao grupo que atualmente governa a cidade.

A convenção também contou com a presença do vice-prefeito de Araçatuba, Carlos Hernandes (PMDB). Em seu discurso, ele disse que “só perde quem não participa [das eleições]” e que o grupo que apoia Sueli e Ocimar “já começou ganhando”.

O coordenador regional do PSB de Araçatuba, José Avelino Pereira, o Chinelo, destacou que a coligação composta por nove partidos políticos significa que Bilac quer mudar. “A Sueli tem compromisso com aquele que é mais pobre. Nós queremos o melhor para Bilac, nós queremos Sueli para prefeita e Ocimar para vice”, acrescentou.

O deputado estadual, e agora candidato a prefeito de Birigui, Roque Barbiere, o Roquinho (PTB), aproveitou para cutucar a atual administração que, segundo ele, deixou a desejar em alguns setores.

O parlamentar garantiu que “Sueli e Ocimar cuidarão muito bem do povo de Bilac, sem vingança e sem perseguição”. Roquinho completou dizendo que “a Prefeitura não é para dar lucro, mas, sim, para prestar serviços à população”.

Convenção tucana

Uma semana após a convenção da oposição, o grupo que governa Bilac há oito anos lançou a candidatura do vereador Manoel Ferreira dos Santos Sobrinho, o Mané da Lagoa, como candidato a prefeito. Ele terá como vice José Panassi, ambos do PSDB. O grupo também conta com o apoio do PSC e PP.

A candidatura foi oficializada nesse dia 29 na Associação Esportiva Bilaquense, por volta das 21h. Em seu discurso, Mané da Lagoa disse que foi com o apoio de sua família e pela população é que decidiu ser candidato a prefeito.

“Não podemos deixar Bilac voltar o que era antes”, referindo ao grupo adversário, que administrou a cidade antes do atual governo. “Se nós trabalhamos enquanto vereador, trabalharei dobrado se for eleito prefeito. Nosso lema é trabalho e honestidade”, concluiu.

Panassi, que é candidato à vice, disse confiar no povo de Bilac e que sua intenção é trabalhar pela cidade. “Não entrei [como candidato a vice-prefeito] por interesse próprio ou para tirar proveito, mas para dar sequência no bom trabalho que está sendo desenvolvido no município. Eu quero esta cidade pra frente”, reforçou.

O diretor regional do escritório estadual de Planejamento, Jair Rosseto, frisou que os candidatos tucanos não têm “passado obscuro”, em ataque à oposição.

O prefeito de Bilac, José Roberto Rebelato, o Beto (PSDB), iniciou sua fala ao lado dos candidatos dizendo: “Aqui tem honestidade e trabalho”. E pediu ao público: “Pare e compare, veja o que nós fizemos [nesses oito anos]”, em comparação à gestão anterior à sua, quando Sueli era prefeita.

“Quando assumimos a prefeitura [em 2005], o hospital estava financeiramente quebrado. Tinha dívida em banco, FGTS, INSS. Hoje o hospital não deve em banco nem para particular. Repassamos mais de R$ 500 mil ao ano para o hospital. Se o hospital hoje não está melhor é porque não nos deixaram entrar para ajudar mais”, desabafou o prefeito.

Beto lembrou ainda que quando assumiu a prefeitura disse ter herdado maquinários sucateados e uma dívida que ultrapassava R$ 2 milhões. “E nós pagamos [a dívida]”, frisou. O prefeito aproveitou a ocasião para anunciar que o município foi contemplado com a construção de 120 casas populares.

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