Dívida pode atrapalhar venda da Campestre ao Grupo Clealco


Valor da dívida de R$ 14 milhões refere-se à ação judicial impetrada por credores da Usina Campestre

22/11/2013 21:10 - Atualizado em 01/12/2019 21:18 | Por: Otávio Manhani

Otávio Manhani/Jornal Comunicativo

Está nas mãos do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) a concretização da venda da Companhia Açucareira de Penápolis, a Usina Campestre.

A Justiça de Penápolis aguarda julgamento de agravos pelos desembargadores do órgão para homologar a venda da UPI (Unidade Produtiva Independente) para o grupo Clealco. O valor da ação é de aproximadamente R$ 14 milhões.

Conforme informou o gestor judicial da Campestre, José Carlos Fernandes de Alcântara, trata-se de recursos impetrados por credores da Campestre. Ele disse ainda que não é possível estimar uma data para que a UPI possa ser assumida pelos novos proprietários.

O grupo Clealco, que possui usinas em Clementina e Queiroz, confirmou o interesse em pagar R$ 187 milhões pela UPI da Campestre, mesmo sem ter a garantia de que terá 1,4 milhão de toneladas de cana-de-açúcar para moer na safra 2014/2015, conforme previsto no edital de venda.

Recentemente, os 28 trabalhadores que atuam no setor de segurança da Campestre desistiram de iniciar greve depois que a Justiça de Penápolis autorizou a Clealco a assumir a administração do serviço em caráter provisório, até que seja homologada a compra da planta industrial do grupo.

O motivo da greve seria pelo fato de os trabalhadores não terem recebido o salário do mês de outubro. “Até o mês passado conseguimos manter os salários em dia. Agora não temos mais dinheiro em caixa, mas estamos nos esforçando para encontrar meios de saldar a pendência”, disse Alcântara ao jornal Folha da Região, de Araçatuba.

Apesar de não terem a certeza do pagamento do salário, os trabalhadores optaram em aguardar pelas negociações que estão em andamento. Os futuros donos da Campestre não têm responsabilidade alguma com o salário deles.

Segundo a assessoria de imprensa da Clealco, a parir da decisão da Justiça que autorizou o grupo assumir a segurança, a empresa estuda uma forma de regularizar a situação de vigilância. Uma das hipóteses seria o remanejamento de funcionários de suas unidades.

No último dia 19 (terça-feira), o grupo Clealco realizou o depósito de 10% do valor da compra em conta judicial, reafirmando interesse na aquisição.

Com informações do jornal Folha da Região, de Araçatuba