Mulher morre com sinais de intoxicação, em Clementina


Aposentada que morreu e outras 29 pessoas sentiram mal-estar após ter ingerido alimentos em evento infantil

30/10/2011 20:45 - Atualizado em 21/02/2020 21:06 | Por: Otávio Manhani

Otávio Manhani/Jornal Comunicativo

Indícios apontam de que a intoxicação alimentar pode ter sido a causa da morte da aposentada Elizabete Gomes Dias, 54 anos, de Clementina, no último dia 26. Além dela, outras 29 pessoas passaram mal após terem ingerido alimentos servidos em uma festa infantil e em um parque de diversões na noite de sábado (22).

A aposentada morreu após três dias de internação na Santa Casa de Araçatuba. O corpo de Elizabete foi velado e sepultado no mesmo dia, às 17h, no cemitério local. Os demais pacientes já foram liberados e estão sob acompanhamento médico no hospital de Clementina.

Em entrevista ao jornal Folha da Região, de Araçatuba, o diretor administrativo do hospital de Clementina, Gentil Araújo de Lima, informou que dos pacientes atendidos, metade frequentou a festa infantil e outra metade esteve no parque de diversões instalado no município.

“As fontes de compras desses alimentos são vários supermercados e padarias. Os alimentos podem ter sido até preparados dentro das casas. Não tem como afirmar de onde vieram, sem o laudo”, acrescentou Lima ao jornal.

Para verificar se de fato foram os alimentos – ou algum deles – que fizeram mal aos frequentadores do evento infantil, foram coletadas amostras dos alimentos e encaminhadas para análise ao Instituto Adolfo Lutz, em Araçatuba. O resultado deve ficar pronto em cinco dias.

Somente após o resultado a Vigilância Sanitária de Clementina tomará as providências cabíveis. De acordo com o médico Rodrigo Protte Pedro, que atendeu Elizabete, “é provável que a causa da morte seja intoxicação alimentar”, uma vez que, segundo ele, o quadro clínico inicial da paciente foi compatível com gastroenterocolite aguda, mais conhecida como infecção intestinal.

Ao jornal Folha da Região, o médico informou que a aposentada passou mal no dia 22 e procurou o hospital com vômito e diarreia no dia seguinte pela manhã. “Não se sabe o que gerou a morte e é preciso saber da amostragem dos alimentos, onde eles foram fabricados, fornecidos”, disse o médico.

A paciente, segundo o médico, precisou permanecer internada no hospital porque seu quadro clínico não melhorava e ela continuava com a sensação de náusea. Elizabete recebeu hidratação e, no dia 23, teve complicações, onde foi encaminhada para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa de Araçatuba.

Em nota ao jornal, a assessoria de imprensa da Santa Casa informou que a paciente deu entrada no hospital às 13h47 do dia último dia 24 já inconsciente e com pressão baixa. “De acordo com o atestado de óbito, a paciente morreu por uma infecção generalizada, com suspeita de intoxicação alimentar”, relatou a assessoria.

O médico que atendeu Elizabete disse ainda que a paciente, que tinha obesidade e hipotireoidismo, não apresentou nenhum outro foco de infecção. “O agente bacteriano que culminou a infecção ainda não foi identificado”, concluiu.

O companheiro da vítima não quis falar com a imprensa para falar sobre o caso.