Jorginho não consegue reeleição; Lalo e Chinelo não foram eleitos


Em Clementina, Chinelo teve 49,12% dos votos válidos a deputado federal

07/10/2010 11:25 - Atualizado em 30/05/2021 20:06 | Por: Otávio Manhani

Otávio Manhani - Arquivo/Jornal Comunicativo

Jorginho Maluly, Lalo e Chinelo durante campanha

Mesmo tendo obtido 74.452 votos no último dia 3, o deputado federal Jorge de Faria Maluly, o Jorginho (DEM), não conseguiu reeleger-se. Na eleição de 2006 ele foi eleito com 88.523 votos.

Entre os municípios onde circula o Comunicativo, Jorginho foi o deputado federal mais votado em Bilac, com 570 votos (14,79%), seguido por Santópolis do Aguapeí, onde foi o terceiro mais votado, com 260 votos (11,67%).

Jorginho também recebeu a terceira maior votação a deputado federal em Clementina, com 172 votos (4,8%). Em Gabriel Monteiro, ele foi o quinto mais votado, com 103 votos (6,6%). Já em Piacatu, Jorginho teve 148 votos (4,89%), ficando como o sexto mais votado.

Em entrevista coletiva no dia seguinte às eleições, Jorginho declarou que sai do cargo com o sentimento de missão cumprida.

“Ninguém entra numa eleição para perder, mas fiz o que pude. Por várias vezes sacrifiquei minha família, passei aniversário longe deles, trouxe mais de R$ 50 milhões em emendas para a região e esperava, por tudo isso, de 120 a 130 mil votos”, acrescentou o parlamentar.

Candidato a deputado federal pela primeira vez, o empresário José Carlos Taldivo, o Lalo (PP), de Birigui, também disputou uma vaga na Câmara dos Deputados, mas não foi eleito. Ele teve 7.807 votos.

Dos cinco municípios a serem mencionados, Lalo recebeu 80 votos em Bilac (2,08%), em Gabriel Monteiro 52 votos (3,06%), em Piacatu 31 votos (1,02%), em Santópolis do Aguapeí 14 votos (0,63%) e em Clementina 13 votos (0,36%).

Em seu reduto eleitoral, onde já foi vice-prefeito entre 2001 e 2004, José Avelino Pereira, o Chinelo (PSB), foi o deputado federal mais votado de Clementina, com 49,12% dos votos válidos (1.762). No geral, ele teve 20.284 votos, mas não se elegeu.

Chinelo também foi bem lembrado pelos eleitores de Bilac, onde conseguiu extrair 270 votos (7,01%), sendo o terceiro mais votado. Já em Santópolis do Aguapeí, o índice de Chinelo foi de 8,89% (198 votos) e deteve a quarta maior votação a deputado federal na cidade.

Em Piacatu, Chinelo registrou 42 votos (1,39%) e, em Gabriel Monteiro, 40 votos (2,35%). Esta é a segunda vez que Chinelo se candidata a deputado federal. Em 2006, ele também entrou na disputa, teve 21.927 votos, mas não foi eleito.

Em entrevista ao jornal Folha da Região, Chinelo disse que esperava uma votação entre 35 mil e 50 mil votos, o que não aconteceu. Ele também comentou que abandonará a política.

“Eu trabalhei muito, lutei a todo momento, mas a população ainda não sabe votar e escolhe candidatos que nunca pisaram na região, nem conhecem Araçatuba, como é o caso de Tiririca”, desabafou Chinelo na entrevista. O palhaço Tiririca foi o deputado mais votado do Brasil, com mais de 1,3 milhão de votos.

Chinelo ainda classificou como “vergonhoso” a cidade de Araçatuba, com quase 135 mil eleitores, não ter conseguido eleger um deputado federal. “A política é traição, é falsidade. Foi uma humilhação o que aconteceu”, acrescentou.

O candidato derrotado disse acreditar que a população perceba quem são as lideranças locais que lutaram por candidatos de outras regiões e disse que tal atitude terá revanche. “Vamos dar o troco neles [lideranças locais] daqui dois anos”, concluiu.