Sargento da PM quer parceria da população de Piacatu


Intenção da polícia de Piacatu é adotar a mesma filosofia da polícia japonesa

22/01/2010 09:00 - Atualizado em 21/02/2023 19:07 | Por: Otávio Manhani

Otávio Manhani/Jornal Comunicativo

Sargento da PM de Piacatu, Ronaldo Barbieri

Durante encontro que reuniu pouco mais de 30 pessoas na Câmara de Vereadores de Piacatu na noite de ontem (21), o 2º sargento da Polícia Militar e comandante do 3º GP-PM, Ronaldo Barbieri, pediu que a população seja mais parceira da polícia.

De acordo com o sargento, a proposta do comando é cadastrar algumas pessoas para auxiliar os trabalhos dos policiais. Ele disse querer mais o envolvimento da sociedade, incluindo os setores da prefeitura e entidades religiosas.

“A intenção é adotar a filosofia da polícia japonesa, que é estreitar o relacionamento com a polícia”, acrescentou o sargento, destacando que o comando local ainda presta serviço de patrulha rural todos os dias em horários alternados.

Na ocasião, o policial pediu aos participantes algumas sugestões para aperfeiçoar o serviço prestado pela Polícia Militar. Vários pedidos foram anotados pelo sargento para serem aplicados no dia-a-dia.

O prefeito e vice de Piacatu, Nelson Bonfim (PTB) e Cleodemar José Gênova (DEM), respectivamente, educadores, conselheiros tutelares e alguns vereadores também acompanharam a reunião.

LIGAÇÃO 190

O sargento Ronaldo reforçou aos participantes que utilizem mais o serviço 190. Segundo ele, o governo paulista investiu R$ 2 milhões neste sistema, que atende 31 municípios da região de Araçatuba.

Alguns moradores questionaram o sargento com relação à demora para os policiais chegarem até o local solicitado. Conforme explicou o sargento, do momento em que a pessoa liga para o número 190 e a viatura chega até a localidade requerida varia entre três a quatro minutos.

“A questão de a atendente pedir algumas informações a mais não quer dizer que o sistema é demorado, mas, sim, para agilizar o serviço dos policiais, pois, em caso de roubo ou furto, evita que a viatura passe pelos suspeitos sem abordá-los”, acrescentou Barbieri.

O sargento ressaltou ainda que o novo sistema está sendo aprimorado. “Quando a pessoa pede ajuda via 190 porque viu alguém diferente em frente sua casa, a atendente vai perguntar que roupa o suspeito está, altura, enfim, o máximo de detalhes possível, tudo para facilitar o serviço”, disse.

Com o novo sistema, o sargento ressaltou que a pessoa quando liga 190 deve informar seu nome, endereço e algum documento. Porém, caso não queira ser identificada, é só dizer a atendente que ela manterá sigilo.

PADRE JÁ FOI ASSALTADO

Presente na reunião, o padre Sebastião Gonçalves relembrou da época em que foi assaltado assim que chegava à residência apostólica da Paróquia São José, de Piacatu.

Conforme relato do padre, o episódio aconteceu após uma celebração penitencial. “Estava abrindo o portão quando fui abordado por dois assaltantes. Fiquei oito minutos nas mãos deles. Foi horrível. Levaram meu relógio e alguns pertences”, comentou.

Segundo o padre, dias depois os suspeitos foram identificados pela polícia e detidos. Nenhum deles era da cidade ou da região. “A polícia me informou que os assaltantes eram autores de dois homicídios em outro Estado”, finalizou.