Com um carro para cada 1,8 habitante, Clementina chega aos seus 87 anos


Economia do município gira em torno da agropecuária e uma usina sucroalcooleira

24/06/2015 09:07 - Atualizado em 29/06/2015 11:10 | Por: Otávio Manhani

Otávio Manhani/Jornal Comunicativo

Trecho da avenida João Francisco Vasques, a principal da cidade

Com uma população de 7.856 habitantes, segundo estimativa de 2014 do IBGE (Instituto de Geografia e Estatísticas), o município de Clementina completa neste dia 24 seus 87 anos de fundação.

Para conhecer um pouco a cidade, o Comunicativo fez um levantamento sobre o aspecto econômico. A economia gira basicamente em torno do comércio, a agricultura, pecuária e uma usina sucroalcooleira.

De acordo com informações do IBGE referente ao ano de 2014, o município possui uma frota de 4.467 veículos, sendo: 2.211 automóveis, 721 motocicletas, 281 caminhonetes, 279 caminhões, 105 tratores, entre outros veículos. Ou seja, um veículo para cada 1,8 habitante.

Na agricultura, em um período de dez anos, o município praticamente dobrou a área do cultivo da cana-de-açúcar, enquanto que algumas lavouras foram extintas.

No caso da cana, em 2004 foram produzidas 237.133 toneladas do produto em uma área de 3.175 hectares. Dez anos depois, em 2013, a produção foi de 445.436 toneladas de cana em uma área de 5.861 hectares.

Situação semelhante aconteceu com a batata-doce, mas não na mesma proporção que a cana. Em dez anos, a produção de batata-doce também aumentou. Passou de 360 toneladas (2004) para 578 toneladas em 2013.

Por outro lado, algumas lavouras foram reduzidas. É o caso da soja que, em 2004, produziu 225 toneladas em 125 hectares. Já em 2013, foram produzidas 55 toneladas em 22 hectares.

Nesse mesmo período, o milho em grão que antes registrou uma produção de 4.440 toneladas em 1.000 hectares, hoje atinge 281 toneladas em uma área de 53 hectares.

Um produto que praticamente manteve a produção foi o café. De 92 toneladas (2004) para 90 toneladas (2013). Porém, a produção que antes ocupava uma área de 92 hectares agora utiliza 60 hectares.

A produção de mandioca, que era de 105 toneladas, passou para 155 toneladas.

Lavouras extintas

No entanto, nesse período algumas lavouras foram extintas. É o caso da melancia, que já chegou a produzir 900 toneladas, e o algodão, que já produziu 446 toneladas. Ambas, segundo dados do IBGE, tiveram a produção zerada em 2013.

Na mesma situação ficou o tomate e o feijão. Antes com uma produção de 450 toneladas e 144 toneladas, respectivamente, em 2013 não cultivou estes produtos.

Novas opções

Mas se em dez anos houve a redução de algumas lavouras e a “extinção” de outras, também houve o investimento de lavouras que antes sequer eram cultivadas.

É o caso da banana. Em 2004, não havia nenhuma área de cultivo da fruta. Já em 2013, foi registrada uma produção de 465 toneladas.

Outra fruta que também não era produzida comercialmente há dez anos é a manga. Porém, aos poucos há produtores investindo na produção e, em 2013, foram produzidas 42 toneladas.