Vigilância Sanitária de Santópolis do Aguapeí faz campanha contra a capina química


Produtos agrotóxicos utilizados na capina não são autorizados pela Anvisa

28/10/2015 16:12 - Atualizado em 12/11/2015 22:45 | Por: Otávio Manhani

Otávio Manhani/Jornal Comunicativo

Supervisora da Vigilância Sanitária orienta moradora sobre capina

O setor de Vigilância Sanitária de Santópolis do Aguapeí realizou entre os dias 20 e 23 de outubro várias atividades educativas e informativas para a população sobre a nocividade e a ilegalidade da capina química na zona urbana.

De acordo com a supervisora da Vigilância Sanitária da cidade, Maria Silvia Martins, o uso de agrotóxico no meio urbano está proibido em todos os municípios do Estado de São Paulo. “Só se justifica o uso deste procedimento [capina química] em caso de epidemia ou quando recomendado pelas autoridades de saúde”, explicou.

A capina química é um procedimento que consiste na remoção de plantas invasoras ou plantas daninhas utilizando produtos químicos. “Esses agrotóxicos causam sérios danos à saúde humana, bem como à dos animais, e também ao meio ambiente. Conscientizar a população e o poder público sobre sua nocividade e ilegalidade é o nosso objetivo”, ressaltou Maria Silvia.

A supervisora da Vigilância Sanitária de Santópolis do Aguapeí disse ter visitado os comércios do município, orientou os proprietários e fixou cartazes informativos, além de distribuir panfletos sobre o assunto.

Os panfletos distribuídos à população explicam que os produtos agrotóxicos herbicidas utilizados na capina não são autorizados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na zona urbana. A legislação também não permite que as lojas agropecuárias comercializem tais produtos se a utilização for no ambiente urbano.

O material que foi distribuído aos moradores também informa que o agrotóxico glifosato é um provável agente cancerígeno, segundo dados da Agência Internacional de Pesquisa sobre câncer da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Durante explicação aos munícipes, a supervisora destacou que as crianças são mais vulneráveis e mais sujeitas às intoxicações pelo fato de brincarem no chão, por levarem à boca objetos e alimentos que caem no chão, local onde se encontra o veneno.