Furto de gado volta a preocupar sitiantes e moradores da região


Produtores rurais de Clementina, Bilac e Piacatu já foram vítimas neste ano

16/03/2014 22:33 - Atualizado em 08/09/2015 22:31 | Por: Otávio Manhani

Otávio Manhani - Arquivo/Jornal Comunicativo

Rebanho pastando em propriedade rural de Piacatu

Moradores de municípios da região, em especial produtores rurais, têm se demonstrado mais preocupados com a questão dos casos de furto de gado. Somente neste ano, três cidades onde circula o Comunicativo registraram boletim de ocorrência sobre furto em propriedades rurais.

O primeiro registro de furto em sítios deste ano foi em 17 de fevereiro, em Clementina, ocasião em que foram furtadas três novilhas recém-nascidas. Os animais pertenciam ao casal Ivone Tioko Kimura Matsuoka e Roberto Hiroshi Matsuoka, que moram no bairro rural Lauro Penteado, que é distrito de Clementina.

Mas esta não é a primeira vez que a propriedade do casal tem animais furtados. De 2009 até agora, 21 cabeças de gado foram furtadas, incluindo as do mês passado.

Como a propriedade é utilizada para produção de leite, o furto dos animais, que custa em média R$ 300 cada, gera grande prejuízo ao casal. Ivone disse que, sem os bezerros, não é possível tirar leite das vacas e, com isso, o leite empedra no úbere do bovino, que deixa de produzi-lo.

O casal comentou que com o furto dos bezerros, além de perder o leite acabam perdendo também a vaca, pois a falta do filhote causa problemas nela. Nenhum dos 21 animais furtados foi recuperado até o momento.

Em um dos casos, quando foram furtadas sete novilhas de uma vez, o casal disse ter encontrado na estrada um dos vidros de uma perua Kombi que teria sido usada para transportar os animais. Na época, a polícia conseguiu encontrar a perua em Birigui, mas o proprietário informou que havia emprestado para outra pessoa e não aconteceu nada.

Os prejuízos do casal não param ‘apenas’ com o furto. Roberto reforçou que quando animais adultos são furtados, é preciso dar baixa no sistema, o que custa R$ 80 por animal. Ele contou ainda que além dos animais, já teve equipamentos de ordenha e outros utilizados para tirar leite das vacas furtados.

Diante de tantos problemas, o casal já cogitou a possibilidade em abandonar o serviço assim que aposentar. “O produtor não tem de onde tirar isso. Quando o preço do leite sobe, da carne sobe, as pessoas não entendem, mas temos nossas perdas”, lamentou.

EM PIACATU

Em Piacatu, entre os dias 8 e 12 deste mês, o agropecuarista José Gilberto Vendrame, 55 anos, encontrou o transformador de energia que estava desativado e encostado no quintal deitado. Ele notou que a tampa estava aberta e havia derramado o óleo interno, onde foram retiradas três bobinas.

O caso aconteceu na Estância Sagrada Família, no bairro Stivanelli. De acordo com o boletim de ocorrência, no local foi deixado um alicate, que provavelmente foi esquecido pelos ladrões. Não há moradores no local, sendo que os vizinhos mais próximos estão a uma distância de aproximadamente um quilômetro.

Como as bobinas são de cobre, a vítima acredita que provavelmente será vendido como material reciclável. Não tem suspeitos.

EM BILAC

O registro mais recente de furto em propriedades rurais na região foi no último dia 15, em Bilac. Conforme boletim de ocorrência, 35 cabeças de gado foram furtadas do sítio Nossa Senhora da Conceição, no bairro Córrego da Colônia.

Quem percebeu a falta dos animais foi o lavrador Evandro Braz Siqueroli, 49 anos. Não há morador na propriedade rural.

Primeiramente foi registrado boletim de ocorrência de 38 animais furtados. Porém, posteriormente foram encontrados três animais em um canavial próximo a propriedade. Tudo indica que o gado teria fugido durante a ação dos bandidos.

Até o fechamento desta edição nenhum dos animais furtados foram recuperados. A Polícia Civil investiga os casos.