Programa antitabagismo 'dá alta' a dez ex-fumantes de Gabriel Monteiro


Grupo que participou de programa relata os benefícios ao deixar o cigarro

27/08/2016 08:29 - Atualizado em 09/09/2016 22:46 | Por: Otávio Manhani

Divulgação/Prefeitura de Gabriel Monteiro

Equipe de profissionais e participantes do Programa Tabagismo

Dez ex-fumantes de Gabriel Monteiro receberam “alta” neste mês de agosto após terem participado do Programa Tabagismo, iniciado em julho do ano passado pela Secretaria Municipal da Saúde.

Alguns grupos de fumantes foram formados após o setor da Saúde ter constatado durante visitas residenciais um número expressivo de fumantes no município. Porém, houve várias desistências mesmo antes de começarem o tratamento.

A secretária municipal da Saúde, Ariadna Botega, informou que os encontros eram semanais, tanto no período diurno quanto noturno, onde foram abordados os quatro manuais solicitados pelo governo. Os encontros foram realizados por profissionais capacitados pelo Inca (Instituto Nacional do Câncer).

Os fumantes participaram de atividades e dinâmicas grupais, assistiram a vídeos educativos sobre os malefícios causados pelo cigarro, além de trocarem experiências entre eles.

Em depoimento, a doméstica L.F., 51 anos, disse ter começado a fumar aos 15 anos de idade e achava que o cigarro era um tipo de calmante ou um meio de fugir dos problemas. “Tentei para de fumar durante uma semana, mas foi inútil porque o vício falou mais alto. Aí recebi o convite para participar do Programa Tabagismo e aceitei na hora o convite”.

O pedreiro A.M., 65 anos, assume o vício que tinha. “Hoje Graças a Deus e ao grupo de Tabagismo de Gabriel Monteiro esse vício está sendo superado a cada dia. Eu sei que sou capaz, pois acredito em minha opinião”, comentou.

A dona-de-casa E.C.M., 60 anos, disse ter começado a fumar por uma simples brincadeira, achando que seria capaz de parar a qualquer momento. “Hoje, após 42 anos neste vício, consigo me ver livre, limpa das impurezas que o tabaco penetrou em meu corpo, em minha família. Simplesmente livre, pura e agradecida a Deus e ao grupo de profissionais que me apoiaram”, relatou.

O aposentado J.M.B.F., 69 anos, conta que aos 23 anos começou a fumar cigarro de palha e, um ano depois, cigarro de maço. “Após fumar o cigarro de maço por dois anos, cheguei a parar por um ano, mas voltei a fumar para distrair em uma viagem. No começo não foi fácil, mas pela saúde dos meus familiares, que reclamava da fumaça e também pela minha saúde, aceitei participar deste programa. Por estar um ano sem fumar, posso dizer que sou um ex-fumante”, declarou.

A dona-de-casa C.L.P., 64 anos, disse que jamais imaginava parar de fumar. “Vim insegura, não acreditando que fosse capaz. Tive vários motivos para desistir, pois passei muito mal, tive várias reações. Já estou sem fumar a 12 meses”, comemora.