Corpo do jogador Mateus Caramelo chega a Clementina para funeral


Tragédia que abalou o Brasil e o mundo é a maior já registrada no meio esportivo

04/12/2016 13:55 - Atualizado em 04/12/2016 23:47 | Por: Otávio Manhani

Otávio Manhani/Jornal Comunicativo

Bruno, irmão mais velho de Mateus Caramelo, sobre o caixão

O corpo do jogador de futebol Mateus Lucena dos Santos, o Mateus Caramelo, 22 anos, chegou por volta das 13h20 de hoje (4), em Clementina (SP), onde é velado na igreja matriz de São João Batista, no centro da cidade.

O caixão com o corpo do jogador foi carregado para dentro da igreja aos aplausos. Familiares e amigos de Mateus Caramelo estão chegando para prestar suas últimas homenagens. O sepultamento será ainda hoje, às 19h, no Cemitério Municipal de Clementina.

O lateral-direito do time da Chapecoense é uma das 71 vítimas do avião que caiu nas montanhas de La Unión, a 30 km do aeroporto internacional José María Córdova, em Medellín, na Colômbia, no último dia 28, às 22h30, horário local (1h30 do dia 29, horário de Brasília/DF).

Das 77 pessoas que viajavam na aeronave da empresa aérea LaMia, havia 68 passageiros e nove tripulantes. Apenas seis pessoas sobreviveram. O avião transportava a delegação da Chapecoense, membros da comissão técnica e jornalistas para Medellín, onde ocorreria o primeiro jogo da decisão da Copa Sul-Americana, no dia 30 (quarta-feira).

Os corpos das vítimas foram transportados da Colômbia para o Brasil por dois aviões FAB (Força Aérea Brasileira), que chegaram ontem (3) ao aeroporto de Chapecó (SC), às 9h25, onde aconteceu um velório coletivo. O presidente da República, Michel Temer (PMDB), esteve no aeroporto, onde acompanhou a retirada dos caixões.

Na sequência, houve um cortejo de nove quilômetros em direção a Arena Condá, onde os corpos foram velados sob uma tenda. No trajeto, mesmo debaixo de chuva, várias pessoas se despediam das vítimas. Quando os caixões chegaram ao estádio da Chapecoense, as vítimas foram recebidas aos gritos pelo público de “o campeão voltou”.

Após o velório coletivo, os caixões dos jogadores que moram em outros Estados brasileiros foram levados para a cidade onde moram os familiares das vítimas, onde são velados e serão sepultados.