Otávio Manhani/Jornal Comunicativo
A AHBB (Associação Hospitalar Beneficente do Brasil), que é a responsável pela administração do Hospital Beneficente Padre Bernardo Braakhuis, de Bilac, demitiu neste mês 11 funcionários. A informação foi confirmada nesse dia 15 pela assessoria de comunicação da entidade.
O Comunicativo já havia antecipado na edição anterior de que poderia haver demissões devido à crise financeira que o hospital enfrenta, principalmente devido ao repasse que a Prefeitura de Bilac teria deixado de enviar à entidade desde julho de 2015, no valor que chega a R$ 900 mil.
A assessoria de comunicação do hospital informou que continua buscando repasses e a reestruturação do hospital, o que motivou as demissões feitas no ano passado e este ano.
Já a Prefeitura de Bilac disse que nada deve ao hospital e que a administração está aberta a diálogos, reuniões, encontros e debates com os gestores do hospital.
O grupo que faz a gestão do hospital aguarda a posse dos prefeitos eleitos dos municípios atendidos pelo hospital - Bilac, Gabriel Monteiro, Piacatu e Santópolis do Aguapeí - para apresentar um novo plano operacional, que tem por objetivo normalizar os repasses financeiros e futuros investimentos.
Protesto
No dia 5 deste mês, alguns funcionários do hospital realizaram uma manifestação por estarem, até então, sem receber o salário de outubro e novembro, além do 13º salário de 2015. Porém, no dia seguinte à manifestação, o salário de outubro havia sido pago.
Durante a manifestação do dia 5, os funcionários disseram que se o pagamento dos salários não fosse resolvido, que eles entrariam em greve, pois o Sinsaúde (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços Saúde de Araçatuba e região) já havia sido informado da situação.
Sobre a situação atual do pagamento dos acertos salariais, o hospital informou que apenas o setor jurídico teria competência para falar sobre o assunto.
Mas esta não é a primeira vez que os funcionários fizeram manifestação. Em junho deste ano, o hospital teve os atendimentos de urgência e emergência paralisados por pelo menos três dias devido à falta de médicos e salários atrasados.