Hospital Beneficente de Bilac demite 11 funcionários


Associação Hospitalar Beneficente do Brasil, que faz a gestão do hospital, alega crise financeira

20/12/2016 10:26 - Atualizado em 20/01/2017 21:41 | Por: Otávio Manhani

Otávio Manhani/Jornal Comunicativo

Funcionários em frente ao hospital em manifestação nesse dia 5

A AHBB (Associação Hospitalar Beneficente do Brasil), que é a responsável pela administração do Hospital Beneficente Padre Bernardo Braakhuis, de Bilac, demitiu neste mês 11 funcionários. A informação foi confirmada nesse dia 15 pela assessoria de comunicação da entidade.

O Comunicativo já havia antecipado na edição anterior de que poderia haver demissões devido à crise financeira que o hospital enfrenta, principalmente devido ao repasse que a Prefeitura de Bilac teria deixado de enviar à entidade desde julho de 2015, no valor que chega a R$ 900 mil.

A assessoria de comunicação do hospital informou que continua buscando repasses e a reestruturação do hospital, o que motivou as demissões feitas no ano passado e este ano.

Já a Prefeitura de Bilac disse que nada deve ao hospital e que a administração está aberta a diálogos, reuniões, encontros e debates com os gestores do hospital.

O grupo que faz a gestão do hospital aguarda a posse dos prefeitos eleitos dos municípios atendidos pelo hospital - Bilac, Gabriel Monteiro, Piacatu e Santópolis do Aguapeí - para apresentar um novo plano operacional, que tem por objetivo normalizar os repasses financeiros e futuros investimentos.

Protesto

No dia 5 deste mês, alguns funcionários do hospital realizaram uma manifestação por estarem, até então, sem receber o salário de outubro e novembro, além do 13º salário de 2015. Porém, no dia seguinte à manifestação, o salário de outubro havia sido pago.

Durante a manifestação do dia 5, os funcionários disseram que se o pagamento dos salários não fosse resolvido, que eles entrariam em greve, pois o Sinsaúde (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços Saúde de Araçatuba e região) já havia sido informado da situação.

Sobre a situação atual do pagamento dos acertos salariais, o hospital informou que apenas o setor jurídico teria competência para falar sobre o assunto.

Mas esta não é a primeira vez que os funcionários fizeram manifestação. Em junho deste ano, o hospital teve os atendimentos de urgência e emergência paralisados por pelo menos três dias devido à falta de médicos e salários atrasados.